A ESCOLA QUE DESEJAMOS E SEUS DESAFIOS
JOSÉ MANOEL MORAN
O texto versa sobre o descompasso entre os modelos tradicionais e a sociedade perante as mudanças tecnológicas, afirmando que a maior parte do que se ensina não é percebido pelos alunos como significativo.
Uma boa escola depende fundamentalmente de gestores e educadores bem preparados, remunerados, motivados e que possuam comprovadas competências intelectuais, emocionais, comunicacionais e ética. Sem bons gestores e professores nenhum projeto pedagógico será interessante, inovador. E não há tecnologias avançadas que salvem maus profissionais.
Sem professores e gestores autônomos é muito difícil ter uma escola diferente, mais próxima dos alunos que já nasceram e vivenciam, como a Internet e o celular.
Uma boa escola precisa de professores mediadores de processos de aprendizagem vivos, criativos, experimentadores, presencial-virtual, que privilegie a relação com os alunos, a afetividade, a motivação, a aceitação, o reconhecimento das diferenças. Que dê suporte emocional para que os alunos acreditem em si, sejam autônomos, aprendam a analisar situações complexas e a fazer escolhas cada vez mais libertadoras.
Uma escola que se articule efetivamente com os pais,com a comunidade, que incorpore os saberes dela, que preste melhores serviços. A escola pode estender-se fisicamente até os limites da cidade e virtualmente até os limites do mundo, podendo integrar espaços significativos da cidade.
A educação se tornará mais participativa e democrática, centradas no aluno, mediada por profissionais competentes, que desenvolveram situações ricas de aprendizagem. Haverá, obviamente, escolas que optarão por uma postura mais conservadora, mas, mesmo assim, o ensino e a aprendizagem não se farão somente na sala de aula.
Escolas não conectadas serão escolas incompletas, alunos sem acesso contínuo às redes digitais serão excluídos da aprendizagem atual.
Quanto mais tecnologias avançadas, mais a educação precisa de pessoas humanas, evoluídas, competentes, éticas. A sociedade torna-se cada vez mais complexa, pluralista e exige pessoas abertas, criativas, inovadoras, confiáveis. O que faz a diferença no avanço dos países é a qualificação das pessoas. Encontraremos na educação novos caminhos de integração do humano e do tecnológico; do racional, sensorial, emocional e do ético; do presencial e do virtual; da escola, do trabalho e da vida em todas as suas dimensões.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Fonte digital: htpp://www.eca.usp.br/prof/moran